domingo, 2 de março de 2008


Fuga

Foste rio, correndo

pelo vale dos meus sentidos

,tocando e preenchendo as

minhas margens,arrastando

na corrente,as minhas mágoas,

onde matava a sede no leito maior

da tua essência.Rodeado pelo horizonte

da tua forma,sentia a brisa quente,de

quem expira com ternura,sopro que

deslizava na minha pele num deleitável

e breve encontro.Eras o Sol do meio-dia

brilhando por cima da minha vida.

Não sei porque fugi procurando na sombra

a proteção,refugiando-me alucinado no

crepúsculo da tarde,esquecido e perdido de ti.

Acabei por morrer na noite mais longa de escuridão,

porque nunca mais voltou a ser dia dentro de mim.


poesia João M. Jacinto & Poemas

Nenhum comentário: