Fuga
Foste rio, correndo
pelo vale dos meus sentidos
,tocando e preenchendo as
minhas margens,arrastando
na corrente,as minhas mágoas,
onde matava a sede no leito maior
da tua essência.Rodeado pelo horizonte
da tua forma,sentia a brisa quente,de
quem expira com ternura,sopro que
deslizava na minha pele num deleitável
e breve encontro.Eras o Sol do meio-dia
brilhando por cima da minha vida.
Não sei porque fugi procurando na sombra
a proteção,refugiando-me alucinado no
crepúsculo da tarde,esquecido e perdido de ti.
Acabei por morrer na noite mais longa de escuridão,
porque nunca mais voltou a ser dia dentro de mim.
poesia João M. Jacinto & Poemas
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