quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Olho teus passos Olho teus passos, paro de andar. Quando bocejas, cinjo a testa pensativo: é hora de ninar... Andas sem a expressão da estrada, porque apenas andas, e nada mais. Olho teus passos verdes caminhando longe de minha estrada. Estás calada, sem saber sequer silenciar. Amo teus passos como meus. Dou-te a sombra da estrada, a minha estrada pela sombra do teu caminhar. Olho teus passos... e sou de ti a outra estrada e nada mais. Paulino Vergetti Neto

Só beijarei lágrimas Dentro, bem lá dentro... Existe um mar que fica dizendo assim: Se eu te beijar agora Só beijarei lágrimas Para esperar a noite chegar Se me sentir embaraçado, para ir embora Se o dia amanhecer... Espera o que vento vai dizer Dirá se o corpo pode ser tocado Que seu beijo não é pecado Que meu coração não ficou sangrando Que te amar não é viver sufocado Se eu te beijar agora... Só beijarei lagrimas Sempre dói viver na esperar, ainda mais que, O vento não diz nada. Magela
Silêncio é ouvir a voz quente do amor, Silêncio é ouvir a voz calada da alma, É ouvir a voz de Deus, nosso Pai do céu, É o murmúrio silencioso da oração no altar. Silêncio são as lágrimas que descem, Pelas perguntas de amor sem resposta; É’ a palavra que não feriu meu ouvido, É o brilho de um olhar, cortante e frio. Silêncio é a dor da alma, em pálpebras secas, Falando sozinha, para só tu me escutares, É o silêncio profundo, é a voz de tudo, É o silêncio mudo que tudo fala.! É’ naufragar em uma pobre lágrima, Pela esperança remota de ouvir tua voz; Este silêncio é a ilusão, é o meu desejo, De beijar os dedos e soprá-los a ti. ( Neuza Maria Spínola )
Neste meu caminho já encontrei pedras e espinhos mas, também encontrei lindas flores e madrigais. Por tantas vezes tropecei nas pedras que encontrei nelas mesmas me apoiei foi assim que levantei. Sem contar as espetadas que pareciam ferroadas eram os espinhos que espetavam fazendo eu andar no bom caminho. Senti muitas dores meus olhos marejavam eu sentia que meu rosto de contraia mas, uma coisa era certa, eu não desistia. A cada passo que eu dava mais longe eu chegava buscando o meu destino pelos caminhos que eu seguia. Buscava nunca fraquejar quando passava pelos madrigais minha alegria renascia no dourado que a vista cobria. Era um rumo sem volta muitas fronteiras se abrindo as flores sem querer eu seguia que se abriam no caminho da minha vida. Celso Ant. Dembiski
Doação Dou-te a noite e o luar, o sereno pomposo, as gotas de orvalho, dou-te o sono e os sonhos, te acalento a ninar. Dou-te o dia e o sol, a luz cadente a raiar, dou-te café e alimento, cobertor pra te esquentar, meu colo pra deitar. Dou-te as águas do mar, a chuva amena, minh’alma serena Te dôo meu ar, meu braços pra te abraçar, dou-te meu mundo, pra você me amar. desc.autoria

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Uma flor possui mil encantos
colore a vida, encanta os olhos
inebria e acalma com seu aroma
representa fiel e lindamente
a paz e o amor em qualquer idioma.
Mesmo que a poda seja cruel,que lhe
arranquem com força,e caia ao solo
despetalada,nada lhe fará amargar
como fel, poisentre páginas de um
livro será apreciada.Uma flor acalenta
os prantos,e vai muito além da aparência
toda beleza de seus encantos!
Uma flor é uma flor...
Se a mão que lhe toca tem amor
os espinhos nunca lhe causarão dor.
BARTON HABBAB
NO SILÊNCIO DA NOITE
No silêncio da noite,Quero entregar-me felina
Com olhar doce de menina,Com a fúria de mulher-amante.
Jogar-me-ei em teus braços,Entregar-te-ei meu bem querer...
Viveremos então, Esse lindo momento,E do resto vamos esquecer.
No silêncio da noite, Quero sussurrar em teu ouvido,
Dizer-te palavras doces, Num misto de prazer e insanidade.
Aliviar-te-ei a tensão,Aumentar-te-ei o calor, Darei gosto e
sabor,A nossa linda emoção.Atiçarei teu libido Ao sussurrar
em teu ouvido...No silêncio da noite,Vestir-me-ei em pele de
menina,Comportar-me-ei como mulher madura,Amar-te-ei
despudoradamente,Como amante sem censura.Em apimentada
noite de amor, Viveremos então...Momentos maravilhosamente d
elirantes,Cheios de ternura e de calor No silêncio da noite!
Claudete Silveira
TEIA
O tempo parece o minuto rasgado
A hora mais nua O dia mais cru
O tempo nunca diz sim ou não
Só te da supapos na cara
Joga confetes Beija o teu rosto
Ou atira balas no teu corpo nu
O tempo ri que nem macaco
Te coloca nariz de palhaço
E te joga aos leões no grande estádio
O tempo te gruda no caramujo
Te veste num casco de tartaruga
Ou te coloca asas no pé
O tempo aperta o teu cinto
Enferruja os teus óculos
E te presenteia com uma folha de papel
E o tempo vai o tempo...
Quando tu contas os dedos
Quando lês o livro pelo final
Quando sabes que o amanhã é o novo dia
E o tempo é só no tempo...
No farfalhar da borboleta
No estouro do balão
No desenhar daquele sorriso na caixa de papelão
PAULO MIRANDA (A Folha)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

HORA DE SILÊNCIO"
Ah, como eu queria
afundar-me na água dos teus olhos,
na tempestade dos teus beijos,
contigo naufragarno oceano do amor.
Porque não vensnesta hora de silêncio
bater à porta do meu ser?
Espero-te como a noite deseja a madrugada
Vem!enquanto o tempo não apaga esta chaga!
(LuizaCaetano)
Ardem-me os olhos da poeira do tempo! e a flor na boca sem o teu beijo! Dói-me o escuro da solidão na expectactiva ensanguentada de te esperar! Galgo o abismo entre as margens distantes saltando a fronteira das minhas limitações. Entretanto, a emoção é uma abortada fantasia cada dia bebida numa taça de esperança. (LuizaCaetano)