quarta-feira, 26 de março de 2008


E mais uma vez, tu ti fostes.E mais uma vez, eu fiquei aqui.Pela décima vez, olho o horizonte além.Numa esperança muda.Meus olhos voltam-se ao caminho onde tu te fostes Quero enganar-me, iludir-me, esperar-te.Meu inconsciente, não sabe o que é a perda.Meu coração, não conhece despedida.Minha alma, não entende a dor da separação.Meus sentidos se aguçam, com o doce sentimento.Que emana bem lá dentro do peito.Questiono-me em mil pensamentos, em idas e voltas.Em te perder, em te querer.Não e não, meu eu não aceita outra volta.Agora sei que algo será alterado.E quando outra vez tu voltares Não te abrirei minha porta Não escutarei teus suplícios E se outra vez tu voltares, e quando outra vez tu voltares.Encontrarás tão somente, o vazio dos meus olhos.E o sepulcro dos meus sentimentos E quando mais tarde, olhares atrás Verás então, que foste tu, e tão somente tu,Que emparedaste o mais fiel dos sentimentos.Foste tu, que arrancaste a mais bela essência mudecendo para sempre os sonhos que contigo levaste.Então eu serei para sempre amada.Tal qual uma ninfa, eu repousarei em teus sonhos. E serei inatingível E te aprisionarei em meus elos E serei o teu carrasco E te mostrarei que estais sós E chorarás o amor perdido Sofrereis, sim, sofrereis, como dantes, eu havia sofrido.E eu te virarei as costas, e irei sem lágrimas,Sem dor.E esse será o teu tormento.E esse será o teu castigo.

Autoria: Mara Laurentino

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