domingo, 30 de março de 2008


AMOR VERDADEIRO

Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento.Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio.O mestre disse que respeitava sua opinião mas lhes contou a seguinte história:“Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um infarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até à caminhonete.Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta.Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou.Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados.Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:‘Meus filhos, foram 55 bons anos...Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo.’Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:‘Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade.Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam.Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em cada Natal, e perdoamos nossos erros...Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por que? Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida.Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim...’ Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo:‘Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa. Este foi um bom dia.’”E, por fim, o professor concluiu:“Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.”Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar. Pois esse tipo de amor era algo que não conheciam.* * *O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias.O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.Quem ama, verdadeiramente, prefere sofrer a causar sofrimento. Prefere renunciar à própria felicidade para promover a felicidade de quem ama.Alguns dirão que quem age assim não tem amor próprio, mas amor próprio, não quer dizer individualismo.O que geralmente acontece com o individualista, em caso de separação pela morte, é debruçar-se sobre o caixão e perguntar: “O que será de mim?”Já aquele que ama e se preocupa com o ser amado, perguntará: “O que será dele? Ou, ou que será dela?”Isso demonstra que seu amor é grande o suficiente para pensar mais no outro do que em si mesmo.E você, está aproveitando o seu casamento para construir um verdadeiro amor?Redação do Momento Espírita, baseado em história de autoria desconhecida.

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