quarta-feira, 11 de junho de 2008


Quando se morre de amor
Jorge Luiz Vargas –

Às vezes o amor é pura imensidão
Que mesmo ele sendo na vida a única razão
A distância e a ausência se tornam prementes
Que a despedida e o adeus têm que se fazerem presentes

O amor mesmo sendo o ar que se respira
Nem sempre é um sentimento que agrada e chama a atenção
Com certeza porque quem amamos não consegue escolher
A gente para ser amado e ser levado no coração como paixão

Aí por mais que a gente queira o outro
E por mais que se dedique plenamente
Tudo o que fazemos parece o suficiente
Mas para quem a gente ama ainda é muito pouco

E então chega a hora que a gente se vê
Disputando o amor de quem amamos como concorrência
Não entendemos, e não vemos coerência
Amar tanto e estarmos prestes a perder

Às vezes dar um passo atrás é o mais sensato
Para se poder os passos à frente serem mais corretos
E se ter a certeza que mesmo sendo passos no escuro
A sensibilidade e a percepção da vida nos leva por caminhos seguros

A vida é assim e nem sempre é o que imaginamos
Mas sempre e a toda hora tem o seu sentido
E as verdades que colhemos no nosso interior
Nos faz tomar decisões doloridas mas necessárias

A gente sofre
Parece que o mundo vai se acabar
Até acaba, mas teimosos continuamos a viver
Para ver o que a própria vida nos reservará
Para nos compensar aquilo que ela deu e tirou

Então meu peito está explodindo
Meu coração em pedaços se partindo
Com a certeza de que mesmo sofrendo tanto
Você há de encontrar seu momento feliz
Aquele que tanto lutei me doei e sempre quis

Está na hora meu amor
De reconhecer que tudo foi em vão
Que lutei e não consegui
Com o sentimento que teima viver em meu coração
Te conquistar e te fazer feliz

Então é hora de te olhar ao longe
Te ver através da lua e do sol
De cada pássaro e de cada flor
E reconhecer que no fim de nossa história
Apenas um foi capaz de morrer de amor

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