domingo, 25 de julho de 2010

Ressureição Eu morri... No dia em que te conheci eu morri. Morri para a vida da forma como a conhecia, E renasci, pois o que pensava ser fogo era Uma modesta chama, languida como a de Um resto de vela brigando contra o vento Que teimava em apagar-lhe. O que chamava de luz era um fraco crepúsculo Em dia nublado de um meio de outono cinza e monótono... o calor? não conhecia, pois que os ventos do leste sopravam sempre em minha direção como a desrespeitar todas as leis da física... Os palhaços eram ridículos homens fantasiados Em trapos fedidos, pipoca e algodão doce eram Só complemento de renda em circos sujos e Sem graça... Sorrisos eram mascaras ostentadas por hipócritas Que insistiam em fingir falsa felicidade. Minha única alegria era embriagar-me e dormir, Por horas, na sempre constante fuga de uma vida Que insistia em arrastar-se pelos esgotos de uma Sociedade maldita. Então como um milagre fez-se a luz, foste tu que A trouxeste refletida em teus olhos, em teu sorriso Franco... Sim ! Pela primeira vez eu via um sorriso verdadeiro, Puro como a criação, e então se fez primavera em Minha vida, e a vida que me mostravas era cheia de Cores e perfume e sabores dantes nunca por mim Experimentando... E nesse dia eu morri, para renascer do ventre de teu Amor, sim foste tu quem me pariu para viver comigo Esse abençoado encesto. E eu um Édipo filho do amor, te adoro como Jocasta Alguma foi adorada... E agora ressuscitado tenho medo de morrer... (AlexSimas)

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