sábado, 8 de março de 2008


FASES

Nem só de um dia eu poderia te contar

E como num só dia, nós homens,

poderíamos lhe amar?Se nós fôssemos

atrevidos, e alguns são, tentaríamos abarcar

o teu alegrar numa noite e num dia de sol

brilhar Seríamos, assim, ignóbeis pecadores,

de tentar te limitar ao nosso limite, quando

também és a ponta da lua, no pratear prateado

da cheia, no mágico presente que é teu luar

Buscaríamos numa linguagem difícil descobrir

o teu olhar, aonde ele vai e aonde ele, no vento,

faz-te seguir e empurrar no mar da vida, na

tempestade ou na brisa, no teu corajoso ato

de navegar Seria apenas improvável, e muito

impossível, pois o linguajar da borboleta não

esta no caminhar do homem, embora sejamos

humanos; e sim, no sonhar que te faz sorrir,

flutuar, e mais uma vez, novamente, sonhar

Gostaríamos de perscrutar no adivinhar de

tua boca, não só na forma de tu beijar, como

de traduzir as entrelinhas na fome de teu

querer amar E não deveríamos esquecer que

é onde estar o lugar de tu mostrares o teu

protestar, o teu indagar; a mutabilidade de

teu falar e o segredo nos teus lábios colados

no silenciar silencioso que é teu e particular

E nós poderíamos e poderíamos... mas o que

continuar?O que terminar depois de iniciar?

Tu és humanidade como todos nósCerteza e

também não certificarViver, viver, felicidade,

felicitarTristeza, e também chorarTão sutil,

igual e diferenteDe sem dúvida, tu imaginar

E não há dúvidas...Do teu sempre amar

E de sobre ti na estrela de DeusCo-participar

na criação do ato de criar Felicidades, então,

estrela, humana, mãe, filha, menina, simples

simplesmente, complexa complexamente, p

resente indicativo, adjetivo e substantivo de

nome pontuado e singelo Felicidade para ti,

amiga, amada... MULHER

PAULO MIRANDA (A Folha)

[08 03 008]

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