FASES
Nem só de um dia eu poderia te contar
E como num só dia, nós homens,
poderíamos lhe amar?Se nós fôssemos
atrevidos, e alguns são, tentaríamos abarcar
o teu alegrar numa noite e num dia de sol
brilhar Seríamos, assim, ignóbeis pecadores,
de tentar te limitar ao nosso limite, quando
também és a ponta da lua, no pratear prateado
da cheia, no mágico presente que é teu luar
Buscaríamos numa linguagem difícil descobrir
o teu olhar, aonde ele vai e aonde ele, no vento,
faz-te seguir e empurrar no mar da vida, na
tempestade ou na brisa, no teu corajoso ato
de navegar Seria apenas improvável, e muito
impossível, pois o linguajar da borboleta não
esta no caminhar do homem, embora sejamos
humanos; e sim, no sonhar que te faz sorrir,
flutuar, e mais uma vez, novamente, sonhar
Gostaríamos de perscrutar no adivinhar de
tua boca, não só na forma de tu beijar, como
de traduzir as entrelinhas na fome de teu
querer amar E não deveríamos esquecer que
é onde estar o lugar de tu mostrares o teu
protestar, o teu indagar; a mutabilidade de
teu falar e o segredo nos teus lábios colados
no silenciar silencioso que é teu e particular
E nós poderíamos e poderíamos... mas o que
continuar?O que terminar depois de iniciar?
Tu és humanidade como todos nósCerteza e
também não certificarViver, viver, felicidade,
felicitarTristeza, e também chorarTão sutil,
igual e diferenteDe sem dúvida, tu imaginar
E não há dúvidas...Do teu sempre amar
E de sobre ti na estrela de DeusCo-participar
na criação do ato de criar Felicidades, então,
estrela, humana, mãe, filha, menina, simples
simplesmente, complexa complexamente, p
resente indicativo, adjetivo e substantivo de
nome pontuado e singelo Felicidade para ti,
amiga, amada... MULHER
PAULO MIRANDA (A Folha)
[08 03 008]
Nenhum comentário:
Postar um comentário