Andanças...
Já andei por muitos sonhos acendendo estrelas
Por mares desérticos, frias camas aquecendo ilusões.
Propus-me a rir e cantar empíricas volúpias...No meu olhar
o brilho do luar roubado das madrugadas
Mudando como lótus na superfície da água, Édipo espelho.
Brinquei de esconder com minha sanidade, genuflexo em prece.
Milhões de caminhos se abrem a minha frente misturando-me
Vivo como elementos de uma fabula trancados em uma caixa mágica.
Procuro pelas luzes roubadas do universo por teus olhos...Abrigo-me
à sombra do coração que flutua no limiar da loucura
Desejos insones amanhecem alados sob as chuvas do passado
Infatigável, deixo-me guiar pelo poeta em seu jardim de palavras.
A eternidade se finda, põe-se com o sol desnudando a lua, aflição.
Pedirei ao verso que me conceda o entendimento, empíreo sacramento.
A diástase do destino não impede a arborescência da paixão,
luminescência.As cartas escritas ao desatino retornam sem as
respostas obsecradas.Interno-me na obscura noite senhora dos
entendimentos, mãe esclarecedora.Mãos suaves tocam minha alma
libertando melodias de encantamento.Imolo-me na sagrada fogueira
da saudade cujas cinzas alimentam o amor.
Na bolha de sabão em que viajo mora um arco-íris que guarda um tesouro
Fúlgida formula de minha ansiada felicidade...Você.
(AlexSimas)
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