quarta-feira, 12 de março de 2008


Andanças...

Já andei por muitos sonhos acendendo estrelas

Por mares desérticos, frias camas aquecendo ilusões.

Propus-me a rir e cantar empíricas volúpias...No meu olhar

o brilho do luar roubado das madrugadas

Mudando como lótus na superfície da água, Édipo espelho.

Brinquei de esconder com minha sanidade, genuflexo em prece.

Milhões de caminhos se abrem a minha frente misturando-me

Vivo como elementos de uma fabula trancados em uma caixa mágica.

Procuro pelas luzes roubadas do universo por teus olhos...Abrigo-me

à sombra do coração que flutua no limiar da loucura

Desejos insones amanhecem alados sob as chuvas do passado

Infatigável, deixo-me guiar pelo poeta em seu jardim de palavras.

A eternidade se finda, põe-se com o sol desnudando a lua, aflição.

Pedirei ao verso que me conceda o entendimento, empíreo sacramento.

A diástase do destino não impede a arborescência da paixão,

luminescência.As cartas escritas ao desatino retornam sem as

respostas obsecradas.Interno-me na obscura noite senhora dos

entendimentos, mãe esclarecedora.Mãos suaves tocam minha alma

libertando melodias de encantamento.Imolo-me na sagrada fogueira

da saudade cujas cinzas alimentam o amor.

Na bolha de sabão em que viajo mora um arco-íris que guarda um tesouro

Fúlgida formula de minha ansiada felicidade...Você.

(AlexSimas)

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