Não quero que reflita em meu rosto
Sombras, cinzas impurezas desse ar
Olho o céu não vejo mais o escuro
Quero vê-lo brilhar Como os raios
coloridos desse sol Essa liberdade que
nunca chega De portas trancadas,
preciso sair Eu quero sentar num banco
de um jardim Pensando em poder achar
um mundo assim Com flores astrais ao
redor de mim Quero um vale verde pra
que eu possa respirar Em fim
MULHER
De olhar sonhador
Ela fala de sonhos
Ela crê no amor.
Foi no canto de sereia
Que o mar afogou.
E dança gostoso
Girando as saias
Cigana e sem engana
Nas linhas das mãos.
Ela pede carinho
Procura aconchego
Embora perdida
Implora perdão.
(Dilean de Bragança)
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